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Ar Condicionado – Valor ou Preço Justo?

Como avaliar qual é o valor ou o preço justo de uma instalação de ar condicionado.

A famosa frase ”O barato sai caro ” não é verdade.  O barato pode não ser o melhor e o caro, é sempre caro.

Mas qual seria o valor do ar condicionado?

Certamente bom projeto leva a um custo muito menor ao longo do tempo.

No entanto, nem sempre quem contrata o projeto é o usuário final

Por outro lado os projetistas mesmo a mercê dos contratantes não podem se eximir da responsabilidade de projetar um sistema ideal e dentro das normas.

Os empreendedores até podem oferecer somente a infraestrutura da instalação, mas a previsão das TAEs (tomadas de ar exterior) não encareceriam em nada o preço do empreendimento.

É o nível de exigências que deve ser levado em conta na criação de valor. Ou seja, o conjunto (temperatura, umidade, velocidade qualidade do ar, nível de ruído), da mesma forma a qualidade e detalhamento do projeto, a procedência dos materiais e equipamentos, o capricho na instalação, as facilidades para manutenção, além do custo inicial, assim como o consumo de energia e o custo operacional acumulado em toda vida útil do sistema.
O que determina o valor é a soma de todos esses itens.

Profissionalismo

Mas como em qualquer disciplina, existem os curiosos, os “entendidos” e os especialistas. .

Os curiosos dispensam apresentações

Os “entendidos” pensam que sabem tudo, porém suas informações quase não têm nenhum fundamento técnico.

Os especialistas entretanto, são profissionais capacitados, dedicados e principalmente confiáveis.

Qualidade de vida

Só podemos ficar 3 (três) dias sem água.

Nosso corpo tem cerca de 42 litros de água.
Se perdermos entre 15% e 25% disso, as células murcham e o sangue fica viscoso, dificultando o trabalho do coração.
Resultado: tonturas, fadiga, inconsciência e depois disso a morte.

Só podemos ficar 3 três minutos sem respirar.
Sem oxigênio, os neurônios são os primeiros a sentir os efeitos. Depois que um neurônio morre não se recupera nem se ganha um substituto.
Resultado: a morte cerebral é irreversível ou o coração pode sofrer lesões e infartos e dpois disso certamente a morte.

Mas aqui não se trata de faltar oxigênio ou ficar sem água. Mas sim de respirar um ar melhor (sem excessos de gases nocivos, CO2, COV-compostos orgânicos voláteis, poeira, fuligem, fumaça, pólen, fungos, bactérias, vírus, micro-organismos, contaminantes químicos, odores etc.).

Estes componentes, entre outros, são muito prejudiciais à saúde. Consequentemente requerem maior atenção e devem ser controlados na medida do possível.

A qualidade do ar em ambientes com ar condicionado chega a ser pior que qualidade do ar exterior.

O objetivo de uma instalação de ar condicionado é oferecer ao usuário uma condição de conforto, respeitando no mínimo as normas e legislação vigentes.

Um bom sistema de ar condicionado pode oferecer uma boa condição de conforto. O conforto não é só a temperatura, umidade, pureza e velocidade do ar.

Os demais requisitos para o conforto são: nível de ruído, iluminação (natural e artificial), cores, mobiliário, idade, atividade física e tipo de vestuário dos ocupantes bem como saúde, sexo e tempo de permanência.

Assim, podemos dividir:

  • Controles rígidos de temperatura, umidade e pureza do ar em ambientes com necessidades específicas (centros cirúrgicos, salas limpas, processos industriais etc.)
  • Condição efetiva de conforto que atende a maioria das pessoas.

O mínimo que se espera é respirar um ar livre de contaminantes externos e/ou produzidos pelas próprias pessoas (odores, CO2, fungos, bactérias, vírus e micro-organismos).

Taxa de Ar Externo

Entretanto as pessoas imaginam que um aparelho de ar condicionado “captura” o ar externo, resfria e insufla no ambiente para manter a temperatura e umidade desejadas.
A grande maioria nunca ouviu falar de taxa de ar de renovação.

A taxa de ar externo de renovação é a quantidade de ar (de preferência tratado) que deve ser admitida em um ambiente, por uma TAE (Tomada de Ar Exterior) para diluir os elementos nocivos à saúde dos ocupantes e manter a qualidade do ar dentro de faixas aceitáveis.

Sistemas centrais ou instalações bem feitas, sempre possuem TAE (Tomadas de Ar Exterior).

Em dias frios, o ambiente até pode ser condicionado somente com o ar exterior, economizando energia e renovando 100% com do ar ambiente com ar externo.

Porém a maioria das instalações com unidades split-sistem não possue uma TAE (Tomada de Ar Exterior) e não trabalha com nenhuma taxa de ar de renovação.
O ar do ambiente, passa pelo filtro, pela serpentina do condicionador, é resfriado, desumidificado e insuflado novamente ao ambiente condicionado.

O ar externo ou de renovação, até pode não ser tratado mas deve ser suficiente para diluir os contaminantes indesejados.

Nos equipamentos do tipo split system o ar do ambiente não é renovado. Passando pelo filtro, pela serpentina, é resfriado, desumidificado e é novamente recirculado.

Em suma, respiramos o mesmo ar o tempo todo .

Este ciclo somente abaixa a temperatura e umidade e dá uma sensação de conforto, porém a recirculação do mesmo ar sem renovação é extremamente nociva à saúde.

Entretato, existem leis e normas bem claras, que determinam qual a taxa de renovação necessária para cada uso e aplicação (trocas por hora, nº de pessoas etc).

Por sorte, os ambientes normalmente não são estanques e recebem um pouco de ar externo por frestas existentes nas janelas ou abertura de portas.

Mas esta quantidade de ar por infiltração é quase sempre menor do que a necessária para diluir os poluentes gerados internamente.

Este artigo não pretende ensinar métodos de cálculo nem quais as normas a serem cumpridas.

O seu ar condicionado é para os especialistas. Estes devem ser contratados para o projeto, antes da compra dos equipamentos ou da instalação da infraestrutura, seja de qual for o porte da obra.

Quem desembolsa altas somas para ter conforto, muitas vezes nem imagina que aquela instalação pode ser nociva a si mesmo, aos seus entes queridos ou aos futuros usuários.

De uma forma muito simples, pelo menos para renovar o “ar viciado”, deve ser instalado um sistema de insuflamento/exaustão para funcionar simultaneamente com o sistema de ar condicionado.

E em dias mais frios, até podemos condicionar o ambiente só com o ar exterior.

Sistemas

Fabricantes de equipamentos individuais e instaladores, atendem o mercado de acordo com as expectativas dos compradores.

Nem sempre existe um projeto para nortear o comprador. Quando existe, deveria constar destacadamente soluções para admissão de ar externo filtrado e/ou extração do ar viciado do ambiente. E no memorial descritivo, elencar as Normas e Leis aplicáveis em cada caso. Estas soluções não encarecem o projeto

Desta feita, o responsável do empreendimento, atende as normas, pois contratou um especialista e um projeto detalhado.

Um especialista, projetista ou um consultor independente, também pode analisar as propostas e fiscalizar a execução das instalações.

Cabe aqui definir quem é o cliente. (o comprador da obra; o intermediário; o usuário final)

A falta de projeto

As instalações de pequeno porte, de uso unifamiliar ou simplesmente compostas de vários aparelhos individuais, normalmente são dimensionadas por vendedores de lojas, pequenas empresas ou profissionais autônomos que estimam a capacidade necessária pela média de BTU/m² e o número de ocupantes.
O instalador se limita a reunir e fixar todos os componentes.
Quase nunca é prevista a TAE (tomada de ar exterior) e o usuário final sempre é o mais prejudicado.

Os Compradores

O Comprador Leigo

A maioria não sabe o que deve comprar e se baseia nas informações do lojista ou de amigos.

O Usuário Final

Pode não ter elementos para saber o que está comprando e decide pela marca ou pelo preço e ainda não pensou como vai ser instalado.

O Comprador atuando como Intermediário

Ele deve ter um projeto ou especificações, normalmente ele sabe o que está comprando, paga um sistema completo ou deixa uma infraestrutura com os tubos de cobre, fiação elétrica e pontos para dreno, para, posteriormente, o usuário final completar a instalação com a compra dos equipamentos.

Neste caso ele não vai arcar com todo o custo e não sabe quem será o usuário final.

Faz um investimento inicial menor e não vai utilizar o que está pagando.

O Comprador Consciente

Deveria contratar um projetista e no projeto terá as necessidades básicas do sistema a ser instalado, com as TAE (tomadas de Ar Exterior), taxas de admissão de ar novo e todas as normas e leis aplicáveis.

Avaliação do Preço Justo

Só o preço inicial do ar condicionado não representa o custo.

Assim, o sistema adotado, o número de horas por dia de utilização, a frequência das manutenções, as tarifas de energia, a vida útil dos equipamentos e muitos outros fatores são o que determinam o custo do ar condicionado.

Não se justifica economizar no projeto, em prejuízo da qualidade.

O custo do projeto representa um percentual pequeno em relação à instalação e um percentual ainda menor em relação ao custo total do empreendimento.

Antes de comprar seu ar condicionado, consulte um especialista.

E lembre-se, uma consultoria pode te levar ao preço justo.

Por Engº. Sidney E. Cupolo

Consultor e titular da empresa
SEC – Associados

Excelência na Qualidade do Ar Interno

EXCELÊNCIA NA QUALIDADE DO AR INTERNO – COMO OBTER DO SEU SISTEMA DE AR CONDICIONADO CENTRAL

Mesmo com o distanciamento social que deverá haver no pós pandemia, ambientes condicionados com pequena parcela de ar externo ( puro ) e maior parcela de ar recirculado ( contaminado ) anulará o benefício da distância entre ocupantes , por maior que seja.

O ar recirculado caminha pelo plenum formado pelo vão de entre forro e laje constituindo o maior depósito de microrganismos contaminantes- desliga o sistema as partículas se acomodam, parte no dia seguinte elas voltam a recircular pelo ambiente.

Várias enfermidades contagiosas -tuberculose pulmonar, laríngea, varicela, herpes zoster e outras advindas do coronavirus são propagados por via aérea. Algumas tem seus microrganismos disseminados
pela tosse, fala ou espirro cujas gotículas se ressecam tornando-se menores, mais leves e permanecendo em suspensão por longos períodos.

Ocupantes contaminados que ainda não detectaram a enfermidade podem ser os hospedeiros disseminadores.

Conforme Lacerda ( 2000 ) : bandejas de condensados ( dos fan&coils ) como meio de multiplicação microbiana aliada ao fenômeno acumulativo de 90% do ar recirculado promovem um aumento do número de microrganismos na ordem de 1 000 a 100 000 vezes maior que o comparado aos ambientes externos. 

A excelente qualidade do ar só será alcançada se o sistema utilizar somente ar exterior tratado (concepção usada em alguns ambientes hospitalares) mas da forma como seu sistema está implantado atualmente é prática proibitiva, pois a carga elétrica existente seria insuficiente: sistemas convencionais atendendo pavimentos com área total de 10 000 m², cuja carga é de 470 kw necessitariam 970 kw ao se usar todo o ar necessário captado do exterior.

Seu sistema remove o calor somente por Convecção – que só usa Ar para isso.

Devem ser complementados com Vigas Frias que removerão a maior parte do calor por Radiação deixando um mínimo de ar para a correta oxigenação do ambiente e que poderá ser expurgado após a primeira passada pelo ambiente.

O vão do entre forro deixará de ser depósito de impurezas contaminantes e , sem recirculação de ar, não haverá recirculação de contaminantes pelo recinto.

A tabela abaixo mostra concepções de projeto para prédio “pele de vidro” com 10 pavimentos de 1.000 m² cada onde se mostra como escolher a melhor opção combinando Qualidade do Ar e Eficiência Energética.

OCUPAÇÃO PRÉ PANDEMIA UMA ESTAÇÃO DE TRABALHO A CADA 5 M²

 

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

QUALIDADE DO AR INTERNO

Sistema I – opera só com ar
sistema implantado
Carga elétrica 462 kw- referência
projeto considerado bom
Ruim  – recircula 80% do ar contaminado e usa 20% ar externo
Sistema II- opera só com ar 942 kw – reprovado Bom – opera somente com ar exterior -não há plenum de retorno
Sistema III-  mix Viga Fria + ar

Carga elétrica igual a referência aprovado

Bom – opera somente com ar exterior – não há plenum de retorno

OCUPAÇÃO PÓS PANDEMIA UMA ESTAÇÃO DE TRABALHO A CADA 8 M²

  EFICIENCIA ENERGÉTICA QUALIDADE DO AR INTERNO
Sistema IV- opera somente com ar
mesmo conceito do implantado
Carga elétrica 715 kw
reprovado
Bom – opera somente com ar exterior – não há plenum de retorno
Sistema V – mix Viga Fria + minimo de ar externo (ANVISA) (1) Carga elétrica 341kw- aprovado
porém ver nota (1)
Bom – opera somente com ar exterior – não há plenum de retorno
(1) Vazão de ar muito baixa exige trabalho com mistura de líquido anticongelante na água gelada para permitir desumidificação- reprovado
Sistema VI- mix Viga Fria + taxa de ar externo mantida do sistema I Carga elétrica 374kw – aprovado Bom – opera somente com ar exterior – não há plenum de retorno
Sistema VII- mix Viga Fria + maior taxa de oxigenação  (2) Carga elétrica 380kw – aprovado Bom – opera somente com ar exterior – não há plenum de retorno
(2) Este é o sistema escolhido pois opera com maior taxa de oxigenação por pessoa acima das indicadas para hospitais . A menor quantidade de Vigas Frias representa um menor retrabalho no entre forro

APLICAÇÃO DE LÂMPADAS GERMICIDAS

Deve-se considerar que a eficiência e o custo de implantação de lâmpadas germicidas do tipo UV-C são funções da vazão de ar – quanto menor a vazão, maior a eficiência das lâmpadas e menor a quantidade portanto com um custo de implantação menor.

Eng° Alexandre Alberico / Arqtª Marcela Krempel / maio 2021
Para maiores esclarecimentos e onde também constam Edifícios beneficiados por painéis/forros radiantes, consulte os cases do site www.sec.com.br

Eficiência Energética do seu Sistema de Ar Condicionado

COMO OBTER MELHOR EFICÊNCIA ENERGÉTICA DO SEU SISTEMA DE AR CONDICIONADO E TAMBÉM SE BENEFICIAR DE SEUS EFEITOS COLATERAIS

Por Alexandre Alberico

Esta forma de trabalho que apresentaremos não é um simples Comissionamento do Sistema : colocar o sistema de ar condicionado em conformidade com o projeto. É uma revisão geral no projeto implantado e reajustes nos parâmetros dos equipamentos existentes para o objetivo requerido – substituições serão sugeridas para aqueles que comprovadamente se mostrarem inadequados.

 Os passos iniciais serão o recálculo da carga térmica para eliminar possíveis  excedentes a serem combatidos e as medições/ajustes nas eletrobombas de água para que transportem a vazão correta conforme o projeto existente.

Via de regra excessos de 20 a 30 % são encontrados entre a carga térmica real calculada e os equipamentos instalados.

(É comum encontrarmos clientes que dizem que  na CAG – Central de Água Gelada  “de três resfriadores instalados somente dois operam durante o ano”.)

Eliminados os excessos , vazões de ar e de água podem ser reduzidas através de inversores de frequência e assim  o consumo de energia também será reduzido ( a grosso modo , com inversores a nova potencia consumida será proporcional à razão cúbica da relação de vazões.)

Os excessos de ar eliminados permitem menor velocidade de face nas serpentinas dos fan coils , e, em conjunto com a avaliação das características construtivas , pode-se ajustar novos parâmetros de temperaturas que melhorarão o consumo dos resfriadores.

Ajustes nas temperaturas de ar , água gelada e água fornecida pelas torres de arrefecimento podem resultar em 10 a 15% de menor consumo dos resfriadores  e portanto do sistema todo.

Tudo isto sem pensar em substituir os resfriadores antigos existentes.

(Se necessário substituir ,  temperaturas mais altas de água gelada  permitem uma maior eficiência dos resfriadores –( COP 6  para resfriadores com compressor parafuso o que é incomum —  COP = energia térmica produzida em kw / energia elétrica consumida em kw, ou seja, quanto maior o COP mais eficiente é a máquina)

O que fazemos é ajustar todos os equipamentos para consumir a energia mínima para atender a demanda térmica flutuante.

Explicando – sabe-se que a demanda térmica de um ambiente flutua de forma senoidal diariamente ( são variáveis a incidência solar , o fluxo de pessoas, a utilização de equipamentos, a iluminação).

 Essa transferência (senoidal) de energia térmica – elétrica já ocorre em sistemas com caixas de volume variável: diminuindo a vazão de ar, a pressão maior provocada  no duto resulta na variação de velocidade do motor que,  gerenciado pelo inversor de frequência, consome menos energia.

A mesma transferência ocorre  nas bombas de água gelada secundárias cujo motores são providos com  inversores de frequência.

Hoje conseguimos  também transferir esse conceito para as bombas de água de condensação que , diga-se de passagem, costumam ser o segundo maior consumidor de energia depois dos resfriadores .

Os motores das torres também providos de inversores de frequência, os reajustes de vazões e temperaturas efetuados  completam o ciclo para se obter o menor consumo de energia  diante das demandas térmicas variáveis diariamente.

BENEFICIOS QUE PODEM SER OBTIDOS DOS EFEITOS COLATERAIS DO SEU SISTEMA DE AR CONDICIONADO

Aplicados em grandes sistemas que necessitam  grandes vazões de ar externo , shoppings, hotéis , grandes centros empresariais .

* A massa de ar externo, necessária para oxigenação dos ambientes e introduzida continuamente, é submetida pelo sistema ao tratamento comum, sendo resfriada e desumidificada.

Essa massa é continuamente  injetada no ambiente e , após  cumprir  sua função,  é expulsa (por sobrepressão) ao  exterior sem que sua energia residual tenha sido aproveitada.

Essa  massa , agora com energia “fria” pois está na  temperatura ambiente , pode   também contribuir para resfriar a parcela de ar externo subsequente: de 33 ou 34° , úmidos , rebaixando-a  para 27 ou 26°C proporcionando menor esforço da central de produção de frio, que assim, obviamente, consumirá menos energia elétrica.

* A mesma  massa, quando em seu processo inicial  de desumidificação pode fornecer água em grande ou média escala .

Captura-se essa água que, com o correto beneficiamento, pode ser reutilizada para outras finalidades como limpeza de áreas, reuso em sanitários e até alimentação da água evaporada pelo equipamento de ar condicionado.

Aplicados em empreendimentos que necessitam água quente.

Este processo pré aquece com custo operacional ZERO para levar a água da concessionária de 20 para 34 °C , economizando insumo para o aquecimento total até 40°C ou mais .

* A energia calorífica removida  é transportada através dos veículos “Ar / Refrigerante/ Água” e expulsa ao exterior .

Essa energia pode ser capturada e  utilizada  para pré aquecer novas vazões de água necessárias para chuveiros , cozinhas , restaurantes e outras utilidades, reduzindo assim os gastos que seu empreendimento já tem com aquecimento de água seja por energia elétrica ou gás.

INSTRUMENTAÇÃO PRÓPRIA QUE UTILIZAMOS

Manômetro de precisão
Amperímetro
Voltímetro
Anemômetro
Sensor de temperatura
Tacômetro
Sensor de vazão de fio quente.
Termopar de contato para temperaturas.
Termohigrômetro.
Câmera termográfica ( infra red) com registro fotográfico.

Comissione seu sistema de ar condicionado colocando-o conforme eficiência energética projetada.
Registre a energia elétrica que consome para produzir a “Tonelada de Refrigeração” requerida ( kW/TR).
Recomissione o sistema reajustando os equipamentos para operação com outros parâmetros de vazões de água/ar/temperatura de modo a perseguir a supra eficiência
energética.
Registre e compare o novo índice Kw/TR. (Kw por Tonelada de Refigeração)
Contrate empresa que tenha profissionais com larga experiência em projetos e instalações de ar condicionado.

Para se obter resultados consistentes é necessário ter experiencia nos diversos processos .

SISTEMAS NOVOS A SEREM IMPLANTADOS OU RETROFIT’S

Na necessidade de retrofit muitos administradores são induzidos a uma decisão errada pois os técnicos que o apoiam mostram-lhes resultados grafados em plaquetas de equipamentos  autônomos individuais de pequeno e médio  porte.

Esses equipamentos fabricam e distribuem frio para pequenas áreas e sua fabricação tem tamanhos padronizados ou seja quando a demanda térmica coincide com a capacidade máxima vale o dado de plaqueta 

Quando a demanda excede o disponível em  um determinado modelo /capacidade o técnico instala modelo/capacidade imediatamente acima ou seja se a demanda é para atender 17 TR , um aparelho de 20 é instalado , pois não há padrão para  17 TR.

Em grandes prédios há de se constatar uma carga excessiva de kw instalados onerando toda a infraestrutura elétrica .

( Há alguns assim em São Paulo com 50 % maior do que a prevista em sistema centrais de ar condicionado.)
 Ao se optar por sistemas centrais , registradores individuais de consumo térmico/elétrico podem ser instalados para cada condômino possibilitando a correta determinação de custos para cada usuário.

A seguir, para quem se interesse , transcrevemos um pouco da evolução técnica que os sistemas de ar condicionado sofreram ao longo dos tempos.

Começamos nossas atividades na CEBEC em 1976 , com projetos e instalações de grande porte.
Naquela  época as concepções de projetos eram bem diferentes de hoje.

Não haviam caixas de volume variável, válvulas de balanceamento, inversores de frequência eram caros e só usados na indústria .

O “ frio” produzido pela central de água gelada era veiculado por bombas de vazão constante até os fan coils que modulavam essa energia  através de válvulas de três vias.

Em qualquer instalação toda a massa de água era veiculada pelo prédio todo e, em  grande parte, desnecessariamente.

Em prédios altos usava-se um terceiro tubo vertical para equilibrar a distribuição de água : o último fan coil a receber água era o primeiro a desaguar.

O Insuflamento de ar era feito com vazão constante nas salas.

O sensor ( elétrico ) de temperatura que acionava a válvula de três vias era colocado em uma das salas ou então no fluxo de ar de retorno comum de todas as salas.

As caixas de volume variável de ar chegaram ao Brasil em 76/77 e tiveram seu projeto tropicalizado pelo Engº Oswaldo Bueno então gerente de produtos da Starco , do mesmo grupo da CEBEC.

Em 77 fizemos projeto e instalação da ( talvez) primeira obra do Brasil com esse sistema.

Um ministério de Brasília, na época Ministério  da Previdencia e Assistencia Social- MPAS- com  três grandes condicionadores de alvenaria no sub solo- cada com 120 000 cfm, 6” de pressão , 150 HP , dutos verticais de alta velocidade , 25 m/s, e insuflamento  em baixa velocidade por caixas de VAV já nacionalizadas.

Para redução de consumo de energia , usamos inlet vanes nas bocas de sucção dos ventiladores .
Estes dispositivos transferiam   o acréscimo de pressão no duto  provocados pelo fechamento das caixas  para a linha de retorno do ar.

Com diferencial de pressão do ventilador tornado constante , qualquer redução de vazão de ar implica em redução de consumo de energia pelo motor do equipamento.

Era o conceito da modulação ( senoidal) da demanda térmica diária transformado em beneficio do consumo de energia.

Na mesma década além do inversores de frequências , surgiram válvulas de balanceamento- – eliminando-se a necessidade do terceiro tubo- e as válvulas de duas vias .

Com estas  surgiu a necessidade de criação do sistema secundário de água gelada : o primário de menor potencia instalada era de vazão constante para atender o requerido pelos resfriadores e o secundário , com inversor de frequências para permitir o menor consumo de energia nas baixas demandas térmicas .

Nota-se a perseguição continua à melhor eficiência energética .

No final de  90 inicio de 2000, surgiram os resfriadores com velocidade variável de água gelada e eliminam-se assim os sistemas de bombeamento secundário.

A concepção simplificou-se como a primeira só que incorporando a vantagem do menor consumo energético nas baixas demandas.

Hoje estamos transferindo o conceito de flutuação para as bombas de condensação , que são as  segundas maiores consumidoras em grandes sistemas de ar condicionado.  

Engº Alexandre Alberico

Qualidade de Energia em Edifícios

Por Oscar Morio Tsuchyia


Com a tendência cada vez crescente de utilização de tecnologia digital em equipamentos em edificações, a exemplo dos mais simples eletrodomésticos até complexos elevadores com comandos de regeneração de energia, equipamentos de ar condicionado com drivers eletrônicos inteligentes, iluminação leds, etc., tem se a necessidade de uma energia de qualidade no que se refere a tensão, frequência e forma de onda.

Por outro lado, as redes elétricas públicas, geralmente redes aéreas extensas, no intuito de otimização da continuidade e custo da energia, tem recorrido a interligações múltiplas de usinas hidroelétricas, termoelétricas, eólicas e mais recentemente fotovoltaicas, tudo conectado em rede em anel gerenciado por um complexo sistema de despachos de cargas.

Desta forma as redes elétricas ficam vulneráveis a todo tipo de distúrbios causados por fenômenos como, descargas atmosféricas, surtos de manobras de rede, Curto-circuitos mono, bi, e trifásicos, provocados por acidentes em redes aéreas, além de distorções provocadas pela partida de grandes cargas na rede pública, como trens metroviários, bombas de saneamentos etc.

A ANEEL, em seu PRODIST (Procedimento de Distribuição de Rede de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional) – MÓDULO 8, estabelece parâmetros para Qualidade de Energia de responsabilidade da Distribuidora, para variações dos seguintes:

Permanentes:

– Tensão, Fator de Potência, Harmônicos, Desequilíbrio de Tensão, Flutuação de Tensão e Variação de Frequência.

Transitórios:

– Variações de tensão de curta duração – VTCD.

Quanto a variações permanentes, os empreendimentos comerciais e residenciais com uso de recursos como geradores de emergência, banco de capacitores, filtros, etc., tem combatido de forma satisfatória os problemas causados por estas variações.

Quanto a variações transitórias de curta duração (VTCD), também conhecidos internacionalmente como “Voltage Sags”, antes um problema de menor importância para empreendimentos comerciais e residenciais, hoje em dia tem provocado sérios problemas no dia a dia destes empreendimentos, principalmente quando são dotados de equipamentos eletrônicos de potência como variadores de velocidade, equipamentos de ciclo regenerativo (elevadores de tecnologia de ciclo regenerativo), e Micro geração de energia em “On Grid”.

Tomando-se como exemplo os elevadores de ciclo regenerativo (aqueles que regeneram a energia na frenagem para a rede elétrica), tem provocado sérios problemas de funcionamento diante das “Sags”, pois, na falta momentânea ou em afundamentos de curta duração, não tem como regenerar energia para a rede, então o sistema automaticamente reverte para desligamento da frenagem eletrônica, passando para modo mecânico de frenagem. Acontece que no modo mecânico, elevadores de alta velocidade, provocam uma parada brusca com um grande solavanco aos passageiros do elevador, causando até acidentes de queda e contusões.

Outros equipamentos como variadores de velocidade e controladores de sistemas eletrônicos de potência sofrem descontroles, não menos prejudiciais a operação dos empreendimentos, com perdas econômicas e funcionais do empreendimento.

Como exemplo, em um empreendimento corporativo localizado na região efervescente de edifícios “Triple A”, foram efetuadas medições de qualidade de energia no que tange a VTCD em um período relativamente curto. O resultado foi alarmante, visto que o empreendimento corporativo era dotado de elevadores de ciclo regenerativo e de alta velocidade, além de controles de ar condicionado baseados em eletrônica de potência.

Alguns dados de medição abaixo (correspondem a um período de 43 dias de medição):

– Número de afundamentos de tensão – 46 / Duração média de 0,145 seg.
– Número de Interrupções – 8 / Duração média de 7,91 seg.

Em nenhuma destas falhas os diesel-geradores que atendem a totalidade da carga foram sequer entrado em operação.

Diante do problema, o empreendimento iniciou diversos estudos de alternativas de melhorias da qualidade de energia, paralelamente a uma gestão à Concessionária de Energia, culminando com a instalação de um UPS dinâmico rotativo (RUPS) na entrada geral de energia associados aos geradores existentes no empreendimento.

Daqui para frente, o fator de qualidade de energia também poderá ser um fator determinante para a escolha do local do empreendimento e a Concessionária para atendimento, tal qual ocorre em empreendimentos como “Data Centers”.

Até que as concessionárias distribuidoras de energia se conscientizem que a “Qualidade de Energia” também pode comprometer a imagem perante aos consumidores, os empreendimentos que recorrem a tecnologias de alta qualidade, terão de levar em conta os distúrbios provocados pelas “Voltage Sags” ou VTCD, além é claro, de outros dispositivos para mitigar os efeitos de má qualidade de energia da rede pública

ENGº OSCAR MORIO TSUCHIYA
E-mail: morio@soeng.com.br
SOENG EH PROJETOS
Membro do Conselho da ABRASIP
Membro da SEC Associados
Publicado Revista do Sindinstalação – Ano 2 – Edição 22 – Janeiro/2018

Setor HVAC-R é considerado essencial

São Paulo, 03 de março de 2021

COMUNICADO ABRAVA

Setor HVAC-R é considerado essencial desde abril 2020, e está
liberado das restrições pelo Estado de São Paulo.

A respeito da volta do Estado de São Paulo à fase vermelha, a ABRAVA informa aos seus associados que as empresas do setor AVAC-R prestam serviços essenciais, e estão liberadas das referidas restrições nos termos da Legislação Federal e Estadual (SP) vigentes nos seguintes termos:
O Governo de São Paulo estendeu a quarentena em todo os 645 municípios, e permitiu a aplicação da medida por região, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Plano São Paulo. O Decreto nº 65.502
mantém as ações (definidas pelo decreto nº 64.881, de 23 de março de 2020) para atividades comerciais e prestação de serviços essenciais, com o objetivo de evitar a proliferação do coronavírus.

https://www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus/quarentena/

O Plano São Paulo, por sua vez, Decreto nº 64.994 de 2020, diz em seu artigo 5° § 2º, que, “Em qualquer caso, as restrições não poderão prejudicar o exercício e o funcionamento de serviços públicos
e atividades essenciais a que alude o § 1º do artigo 2º do Decreto nº 64.881, de 22 de março de 2020.”

http://www.legislacao.sp.gov.br/legislacao/dg280202.nsf/5fb5269ed17b47ab83256cfb00501469/35ea1f3341ab9b9c83258577004cd65e?OpenDocument&Highlight=0,64.994

As atividades relacionadas a refrigeração e climatização, foram consideradas essenciais, segundo o item 6, do § 1º, do artigo 2º do Decreto 64.881 do Estado de São Paulo, que remete a lista do Decreto Federal nº 10.282 (o setor AVAC-R foi incluído na lista de exceções à pedido da ABRAVA do ano passado) – http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/decreto/D10282.htm:


Art. 3º As medidas previstas na Lei nº 13.979, de 2020, deverão resguardar o exercício e o funcionamento dos serviços públicos e atividades essenciais a que se refere o § 1º.

§ 1º São serviços públicos e atividades essenciais aqueles indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, assim considerados aqueles que, se não atendidos, colocam em perigo a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população, tais como:

XLVII – atividades de produção, distribuição, comercialização, manutenção, reposição, assistência técnica, monitoramento e inspeção de equipamentos de infraestrutura, instalações, máquinas e equipamentos em geral, incluídos elevadores, escadas rolantes e equipamentos de refrigeração e climatização; (Incluído pelo Decreto nº 10.329, de 2020)”


Não obstante as orientações publicadas acima pelo Governo do Estado de São Paulo, a fiscalização pode estar desavisada, e, assim, recomenda-se que os links acima estejam impressos para a apresentação quando, e, se solicitadas, quanto ao entendimento da ABRAVA externado pelas
informações acima

Fonte: ABRAVA