Home » Archive by category "Ar Condicionado"

Adeus aos ventiladores: uma nova tecnologia promete ser o futuro da refrigeração

 

Renovação necessária: O setor de refrigeração consome cerca de 20% do total de eletricidade utilizada em todo o mundo.

A busca por métodos de resfriamento mais eficientes e sustentáveis levou os cientistas do Laboratório Nacional de Oak Ridge (ORNL) a explorar materiais inovadores. Com base nos avanços alcançados até agora, poderá revolucionar a forma como refrigeramos as nossas casas, carros e dispositivos eletrônicos.

Este laboratório – especializado em ciência e tecnologia e administrado pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos – investiga uma das tecnologias mais promissoras. Este é o resfriamento em estado sólido, que oferece inúmeras vantagens em relação aos sistemas tradicionais.

O que é refrigeração em estado sólido?

O resfriamento em estado sólido depende de materiais especiais que absorvem e liberam calor quando expostos a um campo magnético, eliminando assim a necessidade de refrigerantes tradicionais e peças móveis. Esta abordagem não só é mais eficiente, mas também mais ‘amiga’ do ambiente e como se não bastasse, estes sistemas são mais silenciosos, mais compactos e capazes de controlar a temperatura com grande precisão.

A equipe do ORNL começou a trabalhar em uma liga com memória de forma magnética composta de níquel, cobalto, manganês e índio.

Esse material tem a capacidade de mudar de forma e retornar ao estado original quando aquecido ou exposto a um campo magnético, processo conhecido como “efeito magnetocalórico”. Durante esta transição de fase, o material absorve calor do seu entorno e depois o libera, resfriando assim o ambiente.

Eficiência e potencial de refrigeração em estado sólido

A chave para a eficácia desta liga está na sua estrutura atômica, que está próxima de um estado desordenado denominado estado vítreo ferroico. Esses estados melhoram a capacidade do material de armazenar e liberar calor.

Este novo mecanismo para resfriamento de estado sólido tem potencial para superar as limitações da tecnologia tradicional de resfriamento por compressão de vapor.

Usando ferramentas avançadas, os pesquisadores descobriram padrões sincronizados de vibrações (fônons) e ondas magnéticas (magnes) dentro do material, chamados modos híbridos localizados de magnon-fônon. Esses modos afetam significativamente as propriedades térmicas do material.

Esta descoberta é crucial para o desenvolvimento de materiais mais eficientes para resfriamento de estado sólido, que poderão eventualmente substituir os refrigerantes tradicionais e peças mecânicas.

Quando um campo magnético é aplicado, esses modos híbridos alteram as vibrações do material, alterando sua estabilidade e comportamento. Essa mudança aumenta a capacidade do material de armazenar e liberar calor, triplicando o poder de resfriamento da liga com memória de forma magnética.

Vantagens ambientais

Os métodos tradicionais de resfriamento dependem de refrigerantes que podem ser prejudiciais ao meio ambiente e de sistemas mecânicos complexos que são barulhentos e propensos a falhas. Por outro lado, o resfriamento em estado sólido oferece uma alternativa mais limpa, silenciosa e eficiente.

Este avanço não só promete melhorar a eficiência energética, mas também reduzir o impacto ambiental associado aos sistemas de refrigeração convencionais.

A pesquisa do ORNL representa um passo significativo em direção a uma vida mais sustentável, proporcionando um vislumbre do futuro da refrigeração. A capacidade destes materiais inovadores para melhorar a eficiência e reduzir o impacto ambiental os torna uma opção atrativa para diversas aplicações, desde a refrigeração doméstica à industrial.

Seu computador poderia ser resfriado assim!

Um exemplo notável de como esta tecnologia pode ser aplicada no mundo real é o inovador sistema de refrigeração denominado AirJet da empresa americana Frore Systems. Ele foi apresentado na última edição da International Consumer Electronics Show (CES) em Las Vegas e utiliza um princípio semelhante ao resfriamento em estado sólido para resfriar dispositivos eletrônicos sem a necessidade de ventiladores.

Uma empresa americana desenvolveu produtos ligados a microprocessadores para refrigeração utilizando sistemas de estado sólido.

O futuro mais perto do que pensamos

O resfriamento de estado sólido representa um avanço revolucionário na tecnologia de resfriamento. A implementação deste tipo de tecnologia em situações da vida cotidiana poderá ser concretizada muito em breve.

Com materiais como ligas com memória de forma magnética, é possível desenvolver sistemas de refrigeração mais eficientes, silenciosos e ecológicos. Além disso, aplicações como as mencionadas para refrigeração de chips de computador demonstram o potencial desta tecnologia para transformar a refrigeração de todos os tipos de dispositivos eletrônicos, oferecendo soluções compactas e de baixo consumo de energia.

Fonte:Daniel Aprile
Jornalista
Meteored Argentina

Sala Limpa: Uma Visão Geral

Definição e Função Principal: Uma Sala Limpa, ou área limpa, é um ambiente controlado onde a contaminação por partículas no ar é minimizada ao extremo. A função principal dessas salas é controlar a limpeza do ar e outros parâmetros como temperatura, umidade, pressão, e fluxo de ar. Isso é crucial para processos que exigem condições higiênicas e estéreis, garantindo que os produtos sejam fabricados e manipulados com a máxima qualidade e segurança.

Funcionalidades: As Salas Limpas são projetadas para reduzir a introdução, geração e retenção de contaminantes. Elas possuem sistemas de filtragem de ar eficientes, controle de pressão, e monitoramento constante da qualidade do ar, temperatura e umidade.

Cuidados na Construção: Ao construir uma Sala Limpa, é essencial seguir normas técnicas rigorosas, como a ISO 14644, que define requisitos para ventilação, sistemas de filtragem, materiais de construção, e controle de umidade e pressão diferencial. O projeto deve considerar a funcionalidade, operação, equipamentos e manutenção futura.

Cuidados na Utilização: Para manter a integridade de uma Sala Limpa, é necessário adotar procedimentos específicos, treinamento adequado, controle rigoroso e rotinas de limpeza. Os usuários devem usar vestimentas especiais e seguir regras estritas para evitar a contaminação do ambiente

Segmentos da Economia: Salas Limpas são utilizadas em diversos segmentos, incluindo:

Indústria Farmacêutica: Para a produção e manipulação de medicamentos.
Indústria Alimentícia: Em processos que exigem condições higiênicas para garantir a segurança alimentar.
Indústria Eletrônica: Na fabricação de componentes sensíveis como chips e circuitos integrados.
Hospitais e Laboratórios: Para procedimentos cirúrgicos e pesquisas que requerem ambientes estéreis.
Indústria Aeroespacial: Na montagem de equipamentos que serão utilizados no espaço, onde a contaminação pode ser crítica.

Esses ambientes são fundamentais para garantir a qualidade e segurança dos produtos e processos em indústrias e serviços que dependem de condições controladas de limpeza e higiene.

Por Eng. Sidney Cupolo
E-mail: sec@sec.com.br

Como dimensionar uma central de agua gelada

Dimensionar uma central de água gelada (também conhecida como “chiller”) é um processo complexo que requer conhecimentos de engenharia e consideração de diversos fatores específicos do projeto. Esses fatores incluem a carga térmica do edifício ou do processo industrial, as temperaturas de entrada e saída da água gelada, o tipo de sistema de distribuição de ar ou água a ser refrigerado, entre outros.

Embora eu possa fornecer algumas orientações gerais, é importante ressaltar que o dimensionamento preciso de uma central de água gelada deve ser realizado por um engenheiro ou profissional especializado na área de HVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado) ou refrigeração. Abaixo estão alguns passos gerais que devem ser considerados durante o processo de dimensionamento:

  1. Determine a carga térmica: Calcule a quantidade de calor que precisa ser removida do sistema ou edifício. Isso envolve considerar as fontes de calor internas (como iluminação, equipamentos, ocupantes) e externas (clima e radiação solar).

  2. Escolha do tipo de chiller: Existem vários tipos de chillers, como resfriadores a ar, resfriadores a água, chillers centrífugos, chillers de compressão de vapor etc. A seleção do tipo de chiller dependerá das necessidades específicas do projeto.

  3. Determine a capacidade do chiller: Com base na carga térmica calculada e levando em conta a eficiência do chiller, determine a capacidade necessária em termos de toneladas de refrigeração (TR) ou quilowatts (kW).

  4. Considere a redundância: Em alguns casos, pode ser necessário considerar a instalação de chillers redundantes para garantir operação contínua em caso de falhas.

  5. Escolha do fluido refrigerante: Escolha um fluido refrigerante apropriado para o chiller que ofereça a eficiência e as características desejadas.

  6. Escolha do sistema de distribuição: Determine o tipo de sistema de distribuição de água gelada, como fan coil units, dutos de ar condicionado, torres de resfriamento etc.

  7. Eficiência energética: Certifique-se de que o chiller selecionado atenda aos padrões de eficiência energética e regulamentos aplicáveis.

  8. Projeto da sala de máquinas: Dimensione a sala de máquinas do chiller para acomodar todos os equipamentos necessários e garantir a adequada ventilação e exaustão de calor.

  9. Plano de manutenção: Crie um plano de manutenção adequado para garantir o desempenho e a durabilidade do chiller ao longo do tempo.

Essas são apenas algumas etapas gerais que envolvem o dimensionamento de uma central de água gelada. Cada projeto é único e pode exigir considerações adicionais. Portanto, é fundamental envolver um profissional qualificado para garantir um dimensionamento adequado e seguro.

Excelência na Qualidade do Ar Interno

EXCELÊNCIA NA QUALIDADE DO AR INTERNO – COMO OBTER DO SEU SISTEMA DE AR CONDICIONADO CENTRAL

Mesmo com o distanciamento social que deverá haver no pós pandemia, ambientes condicionados com pequena parcela de ar externo ( puro ) e maior parcela de ar recirculado ( contaminado ) anulará o benefício da distância entre ocupantes , por maior que seja.

O ar recirculado caminha pelo plenum formado pelo vão de entre forro e laje constituindo o maior depósito de microrganismos contaminantes- desliga o sistema as partículas se acomodam, parte no dia seguinte elas voltam a recircular pelo ambiente.

Várias enfermidades contagiosas -tuberculose pulmonar, laríngea, varicela, herpes zoster e outras advindas do coronavirus são propagados por via aérea. Algumas tem seus microrganismos disseminados
pela tosse, fala ou espirro cujas gotículas se ressecam tornando-se menores, mais leves e permanecendo em suspensão por longos períodos.

Ocupantes contaminados que ainda não detectaram a enfermidade podem ser os hospedeiros disseminadores.

Conforme Lacerda ( 2000 ) : bandejas de condensados ( dos fan&coils ) como meio de multiplicação microbiana aliada ao fenômeno acumulativo de 90% do ar recirculado promovem um aumento do número de microrganismos na ordem de 1 000 a 100 000 vezes maior que o comparado aos ambientes externos. 

A excelente qualidade do ar só será alcançada se o sistema utilizar somente ar exterior tratado (concepção usada em alguns ambientes hospitalares) mas da forma como seu sistema está implantado atualmente é prática proibitiva, pois a carga elétrica existente seria insuficiente: sistemas convencionais atendendo pavimentos com área total de 10 000 m², cuja carga é de 470 kw necessitariam 970 kw ao se usar todo o ar necessário captado do exterior.

Seu sistema remove o calor somente por Convecção – que só usa Ar para isso.

Devem ser complementados com Vigas Frias que removerão a maior parte do calor por Radiação deixando um mínimo de ar para a correta oxigenação do ambiente e que poderá ser expurgado após a primeira passada pelo ambiente.

O vão do entre forro deixará de ser depósito de impurezas contaminantes e , sem recirculação de ar, não haverá recirculação de contaminantes pelo recinto.

A tabela abaixo mostra concepções de projeto para prédio “pele de vidro” com 10 pavimentos de 1.000 m² cada onde se mostra como escolher a melhor opção combinando Qualidade do Ar e Eficiência Energética.

OCUPAÇÃO PRÉ PANDEMIA UMA ESTAÇÃO DE TRABALHO A CADA 5 M²

 

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

QUALIDADE DO AR INTERNO

Sistema I – opera só com ar
sistema implantado
Carga elétrica 462 kw- referência
projeto considerado bom
Ruim  – recircula 80% do ar contaminado e usa 20% ar externo
Sistema II- opera só com ar 942 kw – reprovado Bom – opera somente com ar exterior -não há plenum de retorno
Sistema III-  mix Viga Fria + ar

Carga elétrica igual a referência aprovado

Bom – opera somente com ar exterior – não há plenum de retorno

OCUPAÇÃO PÓS PANDEMIA UMA ESTAÇÃO DE TRABALHO A CADA 8 M²

  EFICIENCIA ENERGÉTICA QUALIDADE DO AR INTERNO
Sistema IV- opera somente com ar
mesmo conceito do implantado
Carga elétrica 715 kw
reprovado
Bom – opera somente com ar exterior – não há plenum de retorno
Sistema V – mix Viga Fria + minimo de ar externo (ANVISA) (1) Carga elétrica 341kw- aprovado
porém ver nota (1)
Bom – opera somente com ar exterior – não há plenum de retorno
(1) Vazão de ar muito baixa exige trabalho com mistura de líquido anticongelante na água gelada para permitir desumidificação- reprovado
Sistema VI- mix Viga Fria + taxa de ar externo mantida do sistema I Carga elétrica 374kw – aprovado Bom – opera somente com ar exterior – não há plenum de retorno
Sistema VII- mix Viga Fria + maior taxa de oxigenação  (2) Carga elétrica 380kw – aprovado Bom – opera somente com ar exterior – não há plenum de retorno
(2) Este é o sistema escolhido pois opera com maior taxa de oxigenação por pessoa acima das indicadas para hospitais . A menor quantidade de Vigas Frias representa um menor retrabalho no entre forro

APLICAÇÃO DE LÂMPADAS GERMICIDAS

Deve-se considerar que a eficiência e o custo de implantação de lâmpadas germicidas do tipo UV-C são funções da vazão de ar – quanto menor a vazão, maior a eficiência das lâmpadas e menor a quantidade portanto com um custo de implantação menor.

Eng° Alexandre Alberico / Arqtª Marcela Krempel / maio 2021
Para maiores esclarecimentos e onde também constam Edifícios beneficiados por painéis/forros radiantes, consulte os cases do site www.sec.com.br